O CNIS, ou Cadastro Nacional de Informações Sociais, é um documento fundamental para quem planeja se aposentar. Ele funciona como um extrato previdenciário, reunindo dados sobre o histórico de trabalho e contribuições ao INSS de cada segurado.
Ter o CNIS atualizado e correto é crucial, pois qualquer erro ou inconsistência nesse documento pode comprometer o cálculo da aposentadoria ou de outros benefícios. Por isso, ele merece atenção especial.
Antes de formalizar um pedido ao INSS, é altamente recomendável que o segurado realize uma análise detalhada do CNIS para identificar possíveis problemas, conhecidos como indicadores.
Esses indicadores são alertas que apontam a necessidade de ajustes ou correções junto à Previdência Social.
Embora as siglas e códigos presentes no CNIS possam parecer confusos para muitas pessoas, é essencial compreendê-los para evitar surpresas desagradáveis no momento de solicitar seu benefício.
O que é o CNIS e para que serve?
O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) é um registro individual, a saber, que reúne todo o histórico de trabalho e contribuições previdenciárias de quem já contribuiu para o INSS.
Criado em 1989, o CNIS passou por diversas melhorias ao longo dos anos e hoje funciona como uma base de dados essencial para a Previdência Social.
Para estruturá-lo, a Dataprev – empresa responsável pela tecnologia da Previdência – compilou informações desde 1982, incluindo vínculos empregatícios, salários e recolhimentos ao INSS.
Já as contribuições de trabalhadores autônomos começaram a serem registradas em 1990.
Para que serve o extrato CNIS?
O CNIS é a principal ferramenta do INSS para calcular o tempo de contribuição e a média salarial de cada segurado.
Com essas informações, o órgão determina quais benefícios previdenciários o trabalhador tem direito, por exemplo, aposentadorias, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Além disso, o CNIS é indispensável para calcular o valor dos benefícios. Por isso, é importante que as informações contidas no documento estejam corretas e completas, refletindo o histórico real de trabalho do segurado. Isso inclui os períodos trabalhados, as datas de início e fim dos vínculos, remunerações, contribuições feitas e eventuais afastamentos em que houve recebimento de benefícios, como por exemplo do auxílio-doença.
Informações faltantes ou inconsistências no CNIS podem causar prejuízos no cálculo do tempo de contribuição ou do valor do benefício. Mas é possível corrigir esses problemas.
Reunindo documentos comprobatórios e, com o apoio de um advogado especializado em direito previdenciário, você pode ajustar os dados para garantir seus direitos.
Felizmente, acessar e conferir seu CNIS ficou ainda mais prático com o sistema Meu INSS, disponível tanto pelo computador quanto pelo celular.
Como faço para ver o CNIS?
Desde 2018, ficou muito mais fácil acessar o seu extrato do CNIS. Agora é possível obter esse documento diretamente pela internet, por meio do sistema Meu INSS.
Passo a passo para acessar o CNIS:
- Cadastro inicial:
Se for sua primeira vez no Meu INSS, então será necessário criar uma conta e cadastrar uma senha. Durante o cadastro, o sistema fará algumas perguntas de segurança, como por exemplo, o nome da sua última empresa, se você já recebeu algum benefício ou se realizou contribuições como autônomo. Essas perguntas ajudam a confirmar sua identidade. - Acesso ao sistema:
Com a senha cadastrada, faça login utilizando seu CPF e a senha criada. - Localize o extrato:
Na tela inicial, clique em Para Você e, em seguida, selecione a opção Extrato de Contribuições (CNIS). - Visualização e download:
O segurado pode visualizar o extrato diretamente na tela, mas o ideal é baixar a versão completa em PDF. Uma vez que essa versão contém detalhes adicionais, como remunerações, vínculos empregatícios, períodos de contribuição e possíveis indicadores de inconsistências. - Salve o documento:
Após o download, guarde o arquivo no seu computador ou dispositivo. No extrato, você encontrará informações importantes, como os nomes das empresas para as quais trabalhou, os salários recebidos e, além disso, as datas de referência (competência).
Manter uma cópia atualizada do seu CNIS é essencial para acompanhar seu histórico previdenciário e identificar qualquer informação que precise de correção.
Quem faz cadastro no CNIS?
O INSS faz o cadastro no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) automaticamente para todos os trabalhadores que realizam contribuições previdenciárias.
Como funciona esse cadastro?
- Empregados com carteira assinada: As empresas contratantes enviam as informações diretamente ao CNIS, com base nas guias de recolhimento do INSS.
- Contribuintes individuais (autônomos): Quem paga o INSS de forma independente também registra os dados, desde que faça os recolhimentos corretamente.
- Segurados especiais: Trabalhadores rurais, pescadores artesanais e outros que se enquadrem nessa categoria também podem ter informações inseridas, desde que comprovem a atividade.
- Servidores públicos federais: Alguns servidores que contribuem para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) também têm dados registrados no CNIS.
Mesmo sendo um processo automático, é fundamental que o segurado acompanhe seu CNIS para verificar assim se todas as informações estão corretas e completas.
Eventuais erros ou lacunas podem comprometer o acesso a benefícios, sendo assim, é preciso corrigi-los o quanto antes.
Um advogado especialista em direito previdenciário pode ajudar na análise e correção do documento.
CNIS e CTC, tem diferença?
Embora o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e a CTC (Certidão de Tempo de Contribuição) estejam relacionados ao histórico previdenciário do segurado, eles possuem finalidades e características bem diferentes.
O CNIS é um banco de dados que registra informações sobre vínculos empregatícios, contribuições ao INSS, salários e períodos de afastamento.
Sendo assim, utiliza-se como base para calcular o tempo de contribuição, a média salarial e conceder benefícios como aposentadoria e auxílio-doença. Qualquer pessoa pode acessar o CNIS gratuitamente pelo sistema Meu INSS, sendo uma ferramenta essencial para acompanhar e verificar a consistência do histórico previdenciário.
Entretanto, o CNIS funciona apenas como um documento de consulta e pode conter erros ou dados incompletos que o segurado precisa corrigir.
Por outro lado, a CTC é um documento oficial emitido pelo INSS, que comprova o tempo de contribuição do segurado em um regime previdenciário. Sua principal finalidade é permitir a transferência desse tempo entre regimes, como do Regime Geral (INSS) para um Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) ou vice-versa.
Diferentemente do CNIS, a CTC não é acessível diretamente. É necessário fazer uma solicitação formal ao INSS, e sua emissão ocorre apenas em situações específicas, como para complementar tempo de serviço em outro regime previdenciário.
Em resumo, o CNIS é um extrato informativo para consulta, enquanto a CTC é um documento indispensável para validar e transferir tempo de contribuição entre regimes de previdência. Ambos são importantes, mas atendem a necessidades diferentes no planejamento previdenciário.
Qual a diferença entre CNIS e PIS?
O CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e o PIS (Programa de Integração Social) são ferramentas importantes na vida laboral e previdenciária dos trabalhadores no Brasil, mas possuem finalidades distintas.
O CNIS é um banco de dados mantido pelo INSS, que reúne todas as informações relacionadas à vida laboral e às contribuições previdenciárias dos trabalhadores. Ele registra os períodos de trabalho, os salários de contribuição, os vínculos empregatícios e as contribuições feitas como contribuinte individual ou facultativo.
Utiliza-se esse cadastro para a concessão de benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros. É possível consultar o CNIS de forma prática pelo site ou aplicativo Meu INSS.
Por outro lado, o PIS é um programa criado para promover a integração entre o trabalhador e a empresa.
Cada trabalhador formal registrado por uma empresa recebe um número de inscrição no PIS, que é utilizado para acessar benefícios sociais, como o abono salarial e o seguro-desemprego, além de servir para identificar o trabalhador no sistema do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
O trabalhador pode consultar as informações relacionadas ao PIS pelo aplicativo Caixa Trabalhador, pelo site da Caixa Econômica Federal ou diretamente com o empregador.
Enquanto o CNIS abrange toda a vida contributiva e laboral do trabalhador, servindo como base para direitos previdenciários, o PIS é específico para os trabalhadores da iniciativa privada regidos pela CLT e está diretamente relacionado ao pagamento de benefícios sociais. Além disso, o INSS gerencia o CNIS, enquanto a Caixa Econômica Federal administra o PIS.
Essas diferenças evidenciam a importância de ambos os instrumentos, que atuam de forma complementar na proteção dos direitos dos trabalhadores.
Como resolver o CPF informado consta com nome vazio ou divergente no cadastro Nacional de informações Sociais (CNIS)?
O erro “CPF informado consta com nome vazio ou divergente no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS)” ocorre devido a inconsistências entre os dados registrados no CNIS e aqueles presentes no cadastro da Receita Federal.
Para solucionar esse problema, é necessário verificar e corrigir essas informações em ambas as bases.
O primeiro passo é confirmar que seus dados estão corretos na base da Receita Federal. Para isso, acesse o site da Receita ou utilize o aplicativo CPF Digital e confira informações como nome completo, data de nascimento, nome da mãe e situação cadastral do CPF.
Caso identifique alguma inconsistência, solicite a atualização diretamente com a Receita Federal, que você pode fazer presencialmente em uma unidade de atendimento ou, em alguns casos, por canais digitais!
Em seguida, é importante consultar seu cadastro no CNIS.
O que é preciso conferir no CNIS?
Acesse o Meu INSS (site ou aplicativo) e verifique se o nome, CPF, data de nascimento e outros dados pessoais estão corretos.
Caso encontre erros ou divergências, será necessário solicitar a correção ao INSS. Para isso, entre no Meu INSS, selecione a opção de Atualização de Dados Cadastrais ou um serviço relacionado à “Correção de Dados”, e envie os documentos necessários, como RG, CPF, certidão de nascimento ou casamento e outros comprovantes que confirmem os dados corretos.
Você também pode agendar um atendimento presencial em uma agência do INSS ou ligar para o número 135.
Além disso, para trabalhadores formais, pode ser necessário que eles atualizem as informações no sistema do PIS/PASEP, que a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil gerencia.
Caso você identifique divergências relacionadas ao seu número de PIS vinculado ao CPF, consulte o RH da sua empresa para verificar a necessidade de regularização junto à Caixa ou ao Banco do Brasil.
Por fim, acompanhe o andamento da sua solicitação pelo Meu INSS, pois o tempo para processamento pode variar. Manter os dados atualizados tanto na Receita Federal quanto no CNIS é essencial para evitar problemas futuros, principalmente no acesso a benefícios previdenciários.
Isso garante maior tranquilidade e agilidade em situações como concessão de aposentadorias ou outros direitos.
Como analisar o CNIS?
Para garantir que os dados do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) estejam corretos, é fundamental realizar uma análise criteriosa. Aqui estão as etapas essenciais para realizar essa análise de forma eficiente.
Baixe o CNIS na versão completa
O primeiro passo é acessar e baixar a versão completa do CNIS em PDF. Evite utilizar a versão resumida ou a versão web, pois elas não contêm todas as informações necessárias. Com o documento completo em mãos, você terá uma visão mais detalhada de seus vínculos, remunerações e outros dados importantes.
Etapas da Análise do CNIS:
- Análise dos vínculos
- Verificação das datas de início e fim dos vínculos
- Checagem das remunerações (salários de contribuição)
- Revisão dos indicadores do CNIS
- Identificação de atividades especiais
Agora, vamos detalhar cada uma dessas etapas:
Análise dos vínculos
Essa é a etapa mais básica, mas crucial.
Ao abrir o CNIS, verifique se todos os vínculos empregatícios ou contribuições realizadas estão listados. Isso inclui:
- Empresas onde trabalhou;
- Benefícios recebidos, como auxílio-doença;
- Contribuições como autônomo (individual) ou facultativo.
Faça um levantamento prévio utilizando suas carteiras de trabalho e documentos antigos. Caso encontre algum vínculo ausente, será necessário corrigir o CNIS para que o período seja reconhecido.
Dica extra: Além dos vínculos convencionais, verifique períodos que podem ter contribuído para o tempo de contribuição, mas que geralmente não aparecem no CNIS, como:
- Reflexos de ações trabalhistas;
- Trabalho rural a partir dos 12 anos;
- Serviço militar obrigatório;
- Trabalho como aluno-aprendiz em escolas técnicas (SENAI/SENAC);
- Períodos como seminarista ou pescador artesanal.
Caso algum desses períodos não conste no seu extrato, apresente a documentação para solicitar a inclusão.
Verificação das datas de início e fim dos vínculos
Após garantir que todos os vínculos estão registrados, confira as datas de início e término de cada vínculo.
Erros como datas incorretas ou ausentes são comuns e podem prejudicar o cálculo do tempo de contribuição. Um exemplo frequente é a omissão do período de aviso prévio (que conta como tempo de contribuição).
Para corrigir essas falhas, use a carteira de trabalho, contratos ou termos de rescisão como prova.
Checagem das remunerações
Essa etapa demanda mais atenção. Confira mês a mês os salários de contribuição registrados no CNIS e compare com documentos como:
- Contracheques;
- Extratos bancários ou do FGTS;
- Declarações de Imposto de Renda.
Como o cálculo da aposentadoria e de outros benefícios previdenciários é baseado na média das remunerações, erros podem resultar em valores menores do que o devido.
Revisão dos indicadores do CNIS
Se você já acessou o seu extrato do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), deve ter notado o campo “Indicadores” ao lado dos vínculos e remunerações registrados. Mas o que significa esse campo e por que ele é tão importante?
Os indicadores do CNIS servem como alertas do INSS para apontar possíveis problemas ou inconsistências nas informações registradas.
Eles são fundamentais para garantir que os dados do segurado estejam corretos, evitando problemas na concessão de benefícios previdenciários. Idealmente, o campo de indicadores deve estar em branco, o que significa que não foram encontradas falhas aparentes.
Caso contrário, é necessário entender o que cada indicador significa e, se for o caso, apresentar documentos para corrigir as informações.
Abaixo, explicamos os indicadores mais comuns e como você pode resolvê-los.
Principais indicadores do CNIS e como resolver?
PEXT – Informação extemporânea
Indica que o vínculo foi registrado com atraso no CNIS. Por exemplo, um vínculo de 2005 registrado apenas em 2006.
Solução: Apresente documentos como carteira de trabalho, contracheques ou contrato de trabalho para comprovar o vínculo.
PEMP-IDINV – Empregador com indicador inválido
O CNPJ ou número de identificação do empregador foi registrado de forma incorreta ou é inexistente.
Solução: Forneça documentos que contenham o número correto, como a carteira de trabalho, contrato ou o cartão de CNPJ do empregador.
PEMP-CAD – Falta de informações do empregador
Aponta que os dados cadastrais do empregador estão desatualizados.
Solução: Use documentos trabalhistas (carteira, contracheques ou termo de rescisão) para corrigir as informações.
PADM-EMPR – Inconsistência temporal no vínculo
Esse indicador ocorre quando a data de admissão está registrada antes da criação da empresa ou após seu encerramento.
Solução: Comprove as datas corretas com o contrato de trabalho ou termo de rescisão.
PRPPS – Período de Regime Próprio
Usado para vínculos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Não costuma ser um problema, a menos que tenha sido aplicado a um vínculo do Regime Geral.
Solução: Verifique se está no vínculo correto.
AVRC-DEF e ACNISVR
São indicadores positivos que registram deferimento de vínculos ou correções feitas pelo INSS.
Solução: Não é necessária ação.
IEAN – Exposição a agentes nocivos
Indica que o vínculo pode ser classificado como atividade especial.
Solução: Apresente documentos como o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) ou LTCAT para confirmar a atividade especial.
PREC-FACULTCON – Contribuições facultativas concomitantes
Aponta contribuições como facultativo em períodos com vínculo ativo no INSS, o que não é permitido.
Solução: Comprove que não havia vínculo ativo ou peça a restituição dos valores pagos, se necessário.
PREC-MENOR-MIN – Contribuição abaixo do mínimo
Indica que o valor pago ao INSS foi inferior ao mínimo exigido.
Solução: Avalie a necessidade de complementar o valor da contribuição para garantir que ela seja contabilizada.
IREM-ACD e IREM-RECL-TRAB
Relacionam remunerações decorrentes de convenções, acordos coletivos ou reclamatórias trabalhistas.
Solução: Esses indicadores são informativos e não requerem ação.
IDT – Demanda trabalhista
Sinaliza a inclusão de remunerações provenientes de ações judiciais trabalhistas.
Solução: Também não exige correção.
Como corrigir inconsistências no CNIS?
- Identifique os indicadores: Consulte o campo “Legenda de Indicadores” no final do seu extrato do CNIS para entender o significado de cada anotação.
- Reúna documentos: Carteira de trabalho, contratos, contracheques e termos de rescisão são fundamentais para corrigir erros.
- Faça o pedido ao INSS: Utilize o portal Meu INSS ou agende atendimento presencial para apresentar uma petição fundamentada e os documentos necessários.
Manter o CNIS livre de erros é essencial para garantir que todas as suas contribuições sejam reconhecidas no momento de solicitar a aposentadoria ou outros benefícios. Se encontrar dificuldades, procure orientação especializada para resolver as inconsistências com segurança.
Identificação de atividades especiais
Por fim, analise possíveis atividades especiais registradas no CNIS. Essas atividades, como trabalhos expostos a agentes nocivos, podem dar direito à contagem diferenciada para aposentadorias especiais ou conversões de tempo especial em comum.
Mesmo que o CNIS indique exposição a agentes nocivos, é indispensável apresentar documentação, como PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) ou LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho), para comprovação.
A análise do CNIS é uma etapa indispensável no planejamento previdenciário. Um documento com informações incompletas ou erradas pode atrasar a concessão do benefício ou reduzir o valor final da aposentadoria.
Se identificar inconsistências no seu CNIS, providencie as correções o quanto antes. E, se precisar de ajuda, conte com o suporte de um especialista para evitar prejuízos no futuro.
Quais os principais erros que podem ocorrer no CNIS?
Quando se trata do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), é muito comum encontrar inconsistências que podem impactar diretamente o reconhecimento de seus direitos previdenciários, incluindo a aposentadoria.
Corrigir esses erros é essencial para evitar surpresas desagradáveis na hora de solicitar um benefício ao INSS.
Você conhece quais são os principais erros no CNIS?
Vamos falar sobre eles!
Vínculos com datas erradas
Cada vínculo registrado no CNIS deve ter uma data de início (quando você começou a contribuir) e uma data de término (quando parou de contribuir). No caso de empregados, essas datas devem coincidir com o início e o término da relação de emprego, incluindo períodos de aviso prévio.
Erro comum: a data de término não inclui o aviso prévio ou há registros que não correspondem à realidade.
Solução: Apresente documentos como carteira de trabalho, termo de rescisão e contracheques ao INSS para corrigir as informações.
Vínculos sem data de término
Em alguns casos, os vínculos registrados no CNIS aparecem sem a data de término, especialmente em vínculos empregatícios. Isso geralmente ocorre por falha no registro por parte do empregador.
Problema: Um vínculo sem data de término pode levar o INSS a desconsiderar parte do período de contribuição.
Solução: Atualize o registro fornecendo documentos que comprovem o encerramento do vínculo, como a rescisão do contrato.
Ausência de vínculos
Um dos erros mais graves é a falta de registro de vínculos no CNIS, o que pode ocorrer tanto para empregados quanto para contribuintes individuais e facultativos. Isso significa que meses ou até anos de contribuição podem simplesmente não aparecer no sistema.
Solução: Reúna documentos que comprovem o período de trabalho ou contribuições, como guias de recolhimento, contratos de trabalho ou recibos de pagamento.
Vínculos fracionados
Esse erro é comum para empregados que trabalharam por anos na mesma empresa, mas encontram o vínculo “quebrado” em vários registros no CNIS, muitas vezes com datas sobrepostas ou sem datas de término.
Causa: Mudanças de CNPJ, transferências internas ou sucessões empresariais.
Problema: A fragmentação pode gerar dúvidas na contagem do tempo de contribuição.
Solução: Faça uma análise detalhada e solicite a unificação dos registros, apresentando documentos que comprovem o vínculo contínuo.
Ausência de salários de contribuição
É possível que períodos de trabalho estejam registrados no CNIS, mas sem os valores das remunerações. Isso é frequente em vínculos empregatícios e pode impactar o cálculo de benefícios.
Solução: Se for constatado que o empregador não recolheu as contribuições, solicite a regularização por meio de ação judicial ou administrativa. Em outros casos, pode ser necessário complementar os valores.
Salários de contribuição com valor errado
Outro erro comum é o registro de salários de contribuição abaixo do que foi efetivamente recebido. Isso geralmente ocorre quando a empresa recolhe valores menores do que os devidos ao INSS.
Solução: Apresente contracheques, contratos ou recibos de pagamento ao INSS para corrigir os valores.
Contribuições abaixo do salário mínimo
Contribuições registradas com valores inferiores ao salário mínimo podem ser descartadas pelo INSS para fins de contagem de tempo de contribuição.
Solução: Avalie se é necessário complementar os valores ou se o recolhimento era responsabilidade do empregador. Cada caso deve ser analisado individualmente.
Indicadores no CNIS
Os indicadores são mensagens ou alertas que aparecem no CNIS para chamar atenção sobre possíveis inconsistências. Alguns são apenas informativos, mas outros apontam problemas que precisam ser resolvidos, como dados de empregadores inválidos ou contribuições registradas fora do prazo.
Solução: Identifique o tipo de indicador e, se necessário, corrija os dados apresentando documentos comprobatórios.
Erros no CNIS podem parecer pequenos, mas têm um grande impacto na sua aposentadoria ou em outros benefícios previdenciários. Por isso, é essencial fazer uma análise detalhada do cadastro e corrigir todas as inconsistências antes de fazer qualquer pedido ao INSS.
Se você encontrou algum desses erros no seu CNIS, busque orientação especializada para resolver as pendências com eficiência e evitar prejuízos futuros.
Possuo mais de um NITs, e agora?
Se você descobriu que tem mais de um NIT (Número de Identificação do Trabalhador), não se preocupe, embora essa situação possa gerar confusão, há como resolver e garantir que suas contribuições ao INSS sejam corretamente registradas.
O NIT é um número único de identificação utilizado pelo INSS para registrar as contribuições dos trabalhadores, tanto os segurados obrigatórios quanto os facultativos.
Ter mais de um NIT pode ocorrer por diversos motivos, como mudanças de categoria de contribuição (de empregado para contribuinte individual, por exemplo) ou erros no cadastro.
Primeiramente, é importante tentar entender o motivo de ter mais de um NIT. Algumas possibilidades incluem:
- Mudança de categoria: Se você foi empregado e depois se tornou contribuinte individual ou facultativo, pode ter sido gerado um novo NIT para você.
- Erro de cadastro: Em alguns casos, o INSS pode ter registrado seu NIT de forma duplicada por engano.
Verificar o histórico de contribuições no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) pode ajudar a identificar quais NITs estão sendo usados para registrar suas contribuições.
A principal solução para esse problema é solicitar a unificação dos NITs. Isso pode ser feito diretamente no telefone 135 ou pessoalmente em uma agência do INSS. Para isso, será necessário apresentar documentos que comprovem as contribuições feitas sob cada NIT, como:
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- Comprovantes de pagamento (Guias da GPS, por exemplo);
- Outros documentos que possam comprovar sua contribuição para o INSS.
Ao unificar os NITs, o INSS reúne todas as suas contribuições em um único número, evitando confusão e garantindo que todo o tempo de contribuição conte para a aposentadoria ou outros benefícios.
E se o pedido for feito presencialmente?
Caso tenha feito o pedido presencialmente, solicite um protocolo e acompanhe o andamento.
Para evitar problemas similares no futuro, sempre que for fazer alterações ou novos cadastros relacionados ao INSS (como por exemplo, ao se tornar autônomo ou iniciar um novo vínculo de emprego), verifique se o número do NIT já existe no sistema.
Se já houver um NIT ativo, utilize-o para todas as contribuições. Isso garante que seus registros de contribuição fiquem centralizados.
Se você tiver dificuldades em corrigir essa situação ou se o INSS não realizar a unificação corretamente, pode ser necessário contar com a ajuda de um advogado ou especialista em direito previdenciário.
Eles poderão orientá-lo sobre os próximos passos e ajudar a garantir que o INSS reconheça todas as suas contribuições.
O que é CNIS divergente?
O CNIS divergente é quando há inconsistências ou erros nos registros do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que é o banco de dados utilizado pelo INSS para controlar as contribuições dos segurados.
Essas divergências podem ocorrer por diversos motivos, como falhas na atualização dos dados, registros errados de contribuições, períodos de trabalho não contabilizados corretamente ou até mesmo erros de transcrição.
Para corrigir essas divergências, é necessário solicitar a retificação ao INSS, apresentando documentos que comprovem os períodos de trabalho ou contribuições.
Você sabia que a simples correção no CNIS pode impactar diretamente o valor da sua aposentadoria ou a concessão de outros benefícios previdenciários?
Como corrigir divergência no CNIS?
Se você já sabe como analisar o seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) corretamente, o próximo passo é aprender como corrigir eventuais erros que possam comprometer seus direitos previdenciários.
Antes de começar: algumas dicas!
Não deixe para corrigir o CNIS apenas na hora da aposentadoria!
Manter o CNIS atualizado é essencial para evitar atrasos no processo de concessão do benefício. Além disso, corrigir um erro recente é muito mais simples do que corrigir informações antigas, pois será necessário apresentar provas documentais ao INSS.
Você pode corrigir o CNIS a qualquer momento!
A legislação previdenciária assegura que o segurado pode solicitar a correção do CNIS a qualquer momento, desde que apresente os documentos comprobatórios necessários. Mesmo que o INSS diga que a correção só pode ser feita na hora da aposentadoria, isso não é verdade. O ideal é corrigir assim que identificar o problema.
Como corrigir o CNIS antecipadamente?
Se você encontrou erros no seu CNIS antes de solicitar a aposentadoria, siga este passo a passo:
- Entre em contato com o INSS pelo número 135.
Solicite o procedimento chamado “acerto de vínculos e remunerações”.
Dica: Nem todos os atendentes estão familiarizados com esse processo, mas insista e explique que precisa corrigir os dados antes de solicitar a aposentadoria. - Acompanhe o requerimento no portal Meu INSS.
Após a ligação, o pedido aparecerá em sua conta no Meu INSS com uma exigência de cumprimento. - Anexe a documentação comprobatória.
Envie os documentos que provem os vínculos ou remunerações corretos, além de uma petição fundamentada explicando a necessidade da correção. - Aguarde a análise do INSS.
Após o envio, o órgão irá verificar as informações e corrigir o erro, caso as provas sejam aceitas.
Como corrigir o CNIS ao solicitar a aposentadoria?
Se você precisa ajustar o CNIS apenas no momento de pedir a aposentadoria, siga estas orientações:
- Escolha a melhor regra de aposentadoria no Meu INSS.
Opte pela modalidade mais vantajosa para o seu caso (idade, tempo de contribuição, especial, entre outras).
Atenção: Antes de fazer o pedido, certifique-se de que é o momento certo para se aposentar e verifique qual será o valor do benefício. Um erro nessa etapa pode gerar prejuízos financeiros. - Anexe a documentação necessária.
Envie os documentos exigidos para a concessão da aposentadoria e para corrigir o CNIS, além de uma petição fundamentada justificando o ajuste. - Aguarde a análise do INSS.
O órgão avaliará tanto o pedido de aposentadoria quanto a correção do CNIS simultaneamente.
Caso tenha dúvidas sobre o processo ou precise garantir que o valor do benefício esteja correto, consultar uma equipe jurídica especializada em INSS pode fazer toda a diferença. Eles podem ajudá-lo a evitar erros e agilizar o processo.
Corrigir o CNIS com antecedência é uma forma de proteger seus direitos e garantir uma aposentadoria tranquila. Não deixe para a última hora!
E se o INSS negar a correção do CNIS?
Se você fez o pedido de correção antes de solicitar a aposentadoria, está em uma posição estratégica. Isso porque:
- A documentação já foi apresentada. No momento da aposentadoria, será mais fácil comprovar que você tomou as providências necessárias com antecedência.
- O INSS não poderá alegar falta de provas da época dos fatos. Como os documentos foram apresentados antes, essa justificativa perde força.
Caso o INSS ainda negue a correção, você pode reforçar o pedido no momento da aposentadoria e, dependendo da situação, buscar auxílio judicial para obrigar o órgão a corrigir os erros.
E se a correção for negada no momento da aposentadoria?
Se você solicitou a correção do CNIS ao pedir a aposentadoria e o INSS recusou, comprometendo o valor do benefício, há a possibilidade de solicitar uma revisão da aposentadoria.
O que é a revisão de aposentadoria?
É um procedimento que permite corrigir erros no cálculo do benefício, como falhas no CNIS ou regras aplicadas incorretamente.
Como solicitar a revisão?
- Requerimento administrativo. A revisão pode ser pedida diretamente ao INSS.
- Ação judicial. Caso o pedido seja negado ou a análise seja insatisfatória, você pode buscar a correção por meio da Justiça.
Independentemente do momento ou do tipo de problema enfrentado, contar com uma equipe jurídica especializada em INSS pode ser decisivo.
Esses profissionais sabem lidar com a complexidade dos processos e podem ajudá-lo a garantir que seus direitos sejam reconhecidos, seja no âmbito administrativo ou judicial.
Evite prejuízos no seu benefício: tome as providências necessárias e busque orientação sempre que precisar.
Como atualizar o CNIS pela internet em 2025?
Se você identificou erros no seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), é fundamental corrigi-los para garantir que seus direitos previdenciários sejam reconhecidos. Confira o passo a passo completo para realizar a correção:
1. Verifique seu CNIS
- Acesse o portal Meu INSS e consulte seu extrato previdenciário.
- Analise os dados de vínculos empregatícios, remunerações e contribuições.
2. Reúna documentos comprobatórios
Para corrigir erros, o INSS exige provas que confirmem os dados corretos. Entre os documentos mais comuns estão:
- Carteira de Trabalho (CTPS): Confirma vínculos empregatícios e períodos de trabalho.
- Contracheques e recibos de pagamento: Validam remunerações e contribuições realizadas.
- Guias de recolhimento (GPS): Necessárias para autônomos e contribuintes individuais.
- Declarações de empregadores: Esclarecem vínculos e dados de contribuição.
- Extratos bancários: Comprovam pagamentos ao INSS em casos específicos.
3. Agende o atendimento
- Ligue para o telefone 135.
- Agende o atendimento presencial.
4. Solicite a correção
- No atendimento, informe o erro identificado e entregue os documentos comprobatórios.
- O atendente do INSS abrirá um protocolo para a análise e retificação do CNIS.
5. Acompanhe o processo
- Acompanhe o andamento do pedido no portal Meu INSS, na seção “Consulta de Processos”.
- Certifique-se de que as alterações solicitadas foram realizadas corretamente.
Dica: Em casos de correção digital, os documentos devem ser enviados em formato PDF, respeitando os limites de tamanho definidos pelo portal.
Quanto tempo demora para atualizar CNIS?
O prazo para o INSS corrigir informações no CNIS é, geralmente, de 30 dias corridos, contados a partir da entrega completa de todos os documentos comprobatórios e informações exigidas. Esse prazo é estipulado pelo órgão para realizar a análise do pedido e efetuar as alterações necessárias no sistema.
No entanto, atrasos podem ocorrer devido a fatores como alta demanda, erros na análise ou necessidade de complementação documental. Para evitar contratempos, é essencial acompanhar o andamento do pedido pelo portal Meu INSS ou pelo telefone 135.
Quem nunca trabalhou tem CNIS?
Quem nunca trabalhou formalmente ou nunca realizou contribuições ao INSS não possui informações registradas no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais). Isso porque o CNIS é um banco de dados que reúne informações de vínculos empregatícios e contribuições previdenciárias realizadas por trabalhadores registrados, autônomos ou contribuintes individuais.
No entanto, qualquer pessoa pode se cadastrar no INSS como contribuinte individual ou facultativo, mesmo sem ter um histórico de trabalho formal.
Assim, ao realizar a primeira contribuição, os dados passarão a constar no CNIS. Este cadastro é essencial para a concessão de benefícios como aposentadorias, auxílio-doença ou salário-maternidade no futuro.
O que quer dizer “não cooperado” no CNIS?
No CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), o termo “não cooperado” se refere a um registro de vínculo ou período de contribuição que não foi confirmado ou atualizado pelo empregador ou pelo trabalhador. Isso pode ocorrer por diversas razões, como a falta de envio de informações à Previdência Social, erros no preenchimento dos dados ou até mesmo a ausência de comunicação de um contrato de trabalho.
Quando o CNIS registra uma informação como “não cooperado”, isso pode indicar que a contribuição daquele período não foi devidamente validada ou que o empregador não fez a devida comunicação ao INSS. Para corrigir isso, é necessário regularizar o vínculo ou contribuição, por meio de um pedido de correção junto ao INSS.
Documento essencial para sua aposentadoria
Um dos documentos essenciais para solicitar a aposentadoria é o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Ele contém o histórico de contribuições previdenciárias do trabalhador, registrando todos os vínculos de emprego, tempo de serviço, e contribuições ao INSS. O CNIS é fundamental para verificar o tempo de contribuição e garantir o cálculo correto do benefício.
Além do CNIS, outros documentos importantes podem incluir:
- Documentos pessoais: como CPF, RG ou outro documento de identificação com foto.
- Carteira de trabalho ou outro comprovante de vínculo de emprego.
- Comprovantes de contribuições: como carnês de pagamento ou extratos de contribuições.
- Certidão de nascimento ou casamento: para comprovar dados pessoais e dependentes.
- Declaração de tempo de serviço: para períodos sem registro formal, como trabalho rural ou atividade autônoma.
- Documentos de dependentes: caso o segurado queira incluir dependentes no cálculo da pensão por morte, se for o caso.
Esses documentos ajudam a comprovar as informações necessárias para o INSS avaliar e processar o pedido de aposentadoria.
É importante manter todos os registros atualizados e, se necessário, corrigir qualquer erro no CNIS antes de solicitar o benefício.