Blog

Quem tem artrite pode se aposentar?

Publicado por Mello e Furtado Advocacia

Escritório de advocacia especialista em INSS e Previdência Social

Sumário

    A artrite é uma doença reumática que pode causar dores intensas, rigidez nas articulações e até mesmo a perda da capacidade de realizar atividades diárias e profissionais. Mas será que quem tem artrite pode se aposentar?

    A resposta depende de diversos fatores, como a gravidade da doença, a limitação funcional que ela causa e o tempo de contribuição do segurado. Em alguns casos, é possível conseguir a aposentadoria por invalidez, o auxílio-doença ou até mesmo a aposentadoria da pessoa com deficiência.

    Se você ou alguém próximo sofre com artrite e tem dúvidas se pode conseguir se aposentar e sobre os direitos previdenciários no geral, continue a leitura para entender quais são os requisitos, como funciona a perícia médica do INSS e quais benefícios podem ser concedidos.

    O que é artrite reumatoide e como afeta a capacidade de trabalho?

    A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações, causando dor, inchaço, rigidez e, em casos mais graves, deformidades. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis do corpo, levando à destruição progressiva das articulações.

    Mas como essa condição pode afetar a capacidade de trabalho? Vamos entender melhor.

    Os sintomas da artrite reumatoide podem variar de intensidade, mas, de modo geral, a doença causa:

    •  Dor e inchaço nas articulações – principalmente nas mãos, punhos, joelhos e pés, o que dificulta movimentos básicos.
    •  Rigidez matinal – muitas pessoas com artrite reumatoide levam horas para conseguir movimentar as articulações pela manhã.
    • Fadiga intensa – o cansaço constante pode afetar a produtividade no trabalho.
    • Deformidades nas articulações – nos casos mais avançados, podem comprometer a capacidade de segurar objetos, digitar ou realizar tarefas que exijam coordenação motora.

    Quem tem artrite tem direito a aposentadoria?

    A artrite é uma condição inflamatória que pode impactar significativamente a qualidade de vida, causando dores intensas, rigidez articular e limitação dos movimentos. Mas será que quem tem artrite pode se aposentar pelo INSS? A resposta depende de vários fatores, como a gravidade da doença, a capacidade de trabalho e o tempo de contribuição.

    Aposentadoria por incapacidade permanente

    Antes de tudo, é importante esclarecer que a artrite, por si só, não garante que você irá se aposentar de forma automática. No entanto, se a doença evoluir para um estágio avançado e causar incapacidade total e permanente, o segurado pode ter direito à aposentadoria por invalidez.

    • Para obter o benefício, é necessário:
    • Passar por perícia médica do INSS, que avaliará se a condição impede qualquer atividade profissional.
    • Comprovar a incapacidade total e permanente, apresentando laudos médicos e exames detalhados.
    • Ter qualidade de segurado, ou seja, estar contribuindo para o INSS ou dentro do período de graça.
    • Cumprir a carência de 12 contribuições mensais, salvo em casos de doenças graves que dispensam esse requisito.

    Auxílio-Doença: uma alternativa temporária

    Se a artrite não impedir o trabalho de forma definitiva, mas causar afastamento temporário, o segurado pode solicitar o auxílio doença, atualmente chamado de benefício por incapacidade temporária. Assim como na aposentadoria por invalidez, será necessário passar por perícia médica do INSS para comprovar a impossibilidade de exercer suas atividades profissionais.

    Aposentadoria da pessoa com deficiência

    Em alguns casos, a artrite pode gerar limitações funcionais de longo prazo, enquadrando o segurado como pessoa com deficiência. Nessa situação, é possível se aposentar com regras diferenciadas, que exigem menos tempo de contribuição e idade reduzida, dependendo do grau da deficiência.

    Se a artrite está afetando sua capacidade de trabalhar, é essencial buscar orientação profissional para garantir seus direitos. Cada caso é único, e um especialista pode avaliar a melhor estratégia para obter o benefício correto.

    Qual os tipos de artrite?

    A artrite é um termo geral que engloba diversas doenças que afetam as articulações, causando dor, inflamação e, em muitos casos, limitação dos movimentos. Mas você sabe quais são os tipos de artrite e como elas podem influenciar para que uma pessoa possa se aposentar? Vamos esclarecer!

    Existem vários tipos de artrite, mas os mais comuns são:

    • Artrite reumatoide – Doença autoimune que provoca inflamação crônica nas articulações, podendo levar a deformidades.
    • Osteoartrite (artrose) – Desgaste da cartilagem que ocorre com o tempo, mais comum em idosos.
    • Artrite psoriática – Associada à psoríase, pode afetar pele, unhas e articulações.
    • Espondilite anquilosante – Afeta principalmente a coluna e pode causar fusão das vértebras.
    • Artrite gotosa (gota) – Causada pelo acúmulo de ácido úrico nas articulações, resultando em inflamações súbitas e dolorosas.

    Qual artrite mais grave?

    A artrite reumatoide é considerada uma das formas mais graves da doença, pois pode evoluir para deformidades irreversíveis e afetar não apenas as articulações, mas também órgãos como coração e pulmões. 

    Além disso, a espondilite anquilosante pode ser bastante incapacitante, pois pode comprometer a mobilidade da coluna.

    Qual grau de artrite dá direito à aposentadoria?

    Para ter direito à aposentadoria por invalidez, o segurado precisa comprovar que a artrite o impede total e permanentemente de exercer qualquer atividade profissional. Esse grau de incapacidade geralmente ocorre em estágios avançados da doença, quando há:

    • Dificuldade extrema para se locomover ou segurar objetos;
    • Deformidades graves que impossibilitam o uso das articulações;
    • Comprometimento de múltiplas articulações ou órgãos internos;
    • Necessidade constante de assistência para atividades básicas.

    Se a incapacidade for temporária, o trabalhador pode solicitar o auxílio doença (benefício por incapacidade temporária).

    Quem tem artrite reumatoide consegue se aposentar mais cedo?

    A artrite é uma condição inflamatória que pode comprometer a mobilidade e a qualidade de vida. Mas será que ela dá direito à aposentadoria? A resposta depende do grau de limitação que a doença impõe ao trabalhador e das regras do INSS. Para entender melhor, vamos explorar as principais possibilidades.

    A artrite reumatoide pode ser extremamente incapacitante, especialmente em estágios avançados. Dependendo da gravidade dos sintomas e da limitação que ela causa, o segurado pode ter direito a uma aposentadoria mais cedo. Existem três principais caminhos para isso:

    1. Aposentadoria por invalidez – Se a doença impedir totalmente a capacidade de trabalhar, de forma definitiva, é possível solicitar essa modalidade. Para isso, é necessário passar por uma perícia médica do INSS, que avaliará a extensão da incapacidade.
    2. Aposentadoria da pessoa com deficiência – Caso a artrite gere limitações funcionais permanentes, o trabalhador pode ser reconhecido como pessoa com deficiência e, assim, acessar uma aposentadoria com requisitos mais flexíveis, incluindo menos tempo de contribuição.
    3. Aposentadoria especial – Se a artrite tiver sido causada ou agravada por condições do ambiente de trabalho, pode haver direito à aposentadoria especial. Nesse caso, o tempo mínimo de contribuição varia conforme a exposição aos agentes nocivos.

    Quem tem artrite psoriática pode se aposentar?

    A artrite psoriática pode afetar não apenas as articulações, mas também a pele, os olhos e outros órgãos. Quando os sintomas são leves, a pessoa pode continuar trabalhando normalmente. 

    No entanto, se a doença evoluir para um quadro de dor intensa, rigidez e deformidades, a incapacidade para o trabalho pode ser reconhecida. Assim como na artrite reumatoide, se aposentar por invalidez ou buscar a aposentadoria da pessoa com deficiência podem ser opções viáveis.

    Quem tem artrite é considerado PCD?

    A resposta depende do impacto da doença no dia a dia. A legislação considera como pessoa com deficiência (PCD) aquele que tem uma limitação de longo prazo que dificulte sua participação plena na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 

    Se a artrite comprometer significativamente a mobilidade ou a capacidade de realizar atividades básicas, há chances de enquadramento como PCD, o que facilita o acesso à aposentadoria com regras diferenciadas.

    Como se aposentar por artrite? Veja os requisitos:

    A artrite pode evoluir para um quadro incapacitante, tornando o trabalho impossível em muitos casos. Quando a artrite compromete a mobilidade de forma definitiva e impede qualquer atividade profissional, é possível que o segurado tenha direito de se aposentar por invalidez, atualmente chamada de aposentadoria por incapacidade permanente. No entanto, para obter esse benefício, é necessário atender a alguns requisitos específicos.

    Aposentadoria por Invalidez

    A aposentadoria por invalidez é concedida apenas quando a incapacidade é total e permanente, ou seja, quando a pessoa não consegue exercer nenhuma profissão, mesmo com reabilitação para outra função. No caso da artrite, é possível se aposentar por invalidez em estágios avançados da doença, quando há:

    • Deformidades graves nas articulações que limitam completamente os movimentos;
    • Dor intensa e contínua, mesmo com tratamento adequado;
    • Dificuldade para realizar tarefas básicas do dia a dia, como segurar objetos, caminhar ou se vestir sozinho;
    • Comprometimento de múltiplas articulações ou de outros órgãos, como coração e pulmões.

    Auxílio doença

    Se a incapacidade for apenas parcial, ou se ainda houver possibilidade de reabilitação para outra atividade, o segurado pode ter direito ao benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), mas não à aposentadoria por invalidez.

    Para obter o benefício, o segurado precisa cumprir os seguintes requisitos:

    1. Comprovar a incapacidade total e permanente – A perícia médica do INSS avalia se a artrite realmente impede qualquer tipo de trabalho. Exames, laudos médicos e relatórios de especialistas são fundamentais para essa comprovação.
    2. Ter qualidade de segurado – É necessário estar contribuindo para o INSS ou estar dentro do período de graça (prazo em que o segurado mantém os direitos previdenciários mesmo sem contribuições recentes).
    3. Cumprir a carência mínima de 12 meses de contribuição – Esse período pode ser dispensado se a artrite for decorrente de um acidente de trabalho ou se for considerada uma doença grave pela legislação.

    Além desses critérios, o INSS pode exigir novas perícias médicas periódicas para manter o benefício, principalmente se houver chance de melhora.

    Como provar que tenho artrite reumatoide?

    A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que pode comprometer a mobilidade e a capacidade de trabalho. Mas como provar que você tem essa condição, especialmente quando precisa de um benefício do INSS? A resposta está na documentação médica. Quanto mais completos forem os seus exames e laudos, maiores serão as chances de conseguir o reconhecimento da doença e, consequentemente, os direitos previdenciários.

    Para comprovar que você tem artrite reumatoide, é fundamental apresentar:

    Laudos médicos – Devem ser emitidos por um reumatologista e descrever o diagnóstico, os sintomas, a evolução da doença e as limitações causadas. Quanto mais detalhado for o laudo, melhor.
    Exames laboratoriais e de imagem – Testes como fator reumatoide, anticorpos anti-CCP, VHS e proteína C reativa ajudam a confirmar a inflamação. Além disso, radiografias, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias podem demonstrar o comprometimento das articulações.
    Receitas médicas e relatórios de tratamento – Se você já faz uso contínuo de medicamentos ou realiza fisioterapia, esses documentos servem como prova de que a doença afeta sua rotina.
    Histórico de consultas e internações – Registros médicos anteriores mostram a progressão da artrite e reforçam a necessidade de acompanhamento contínuo.

    Como fortalecer a comprovação da doença?

    Ainda que os documentos médicos sejam essenciais, alguns detalhes podem fazer toda a diferença na hora de provar a artrite reumatoide:

    1. Consulte um reumatologista regularmente – Ter acompanhamento especializado reforça a legitimidade do diagnóstico.
    2. Peça laudos bem detalhados – O médico deve descrever não apenas a doença, mas também os impactos dela na sua vida, como dores intensas, dificuldades para se movimentar e a impossibilidade de realizar certas atividades.
    3. Mantenha os exames atualizados – O INSS pode exigir laudos recentes, geralmente com menos de seis meses. Por isso, é importante fazer avaliações médicas periódicas.
    4. Registre seu histórico profissional – Se a doença prejudicou sua capacidade de trabalho, documentos como atestados de afastamento, comunicações de acidente de trabalho (CAT) e declarações da empresa podem reforçar a prova da incapacidade.

    Qual o valor da aposentadoria por invalidez? Entenda o cálculo:

    A aposentadoria por invalidez, chamada oficialmente de aposentadoria por incapacidade permanente, tem seu valor calculado com base na média dos salários de contribuição do segurado. No entanto, após a Reforma da Previdência de 2019, as regras mudaram e, por isso, é fundamental entender como o cálculo funciona atualmente.

    O cálculo depende da data em que o segurado adquiriu o direito ao benefício. Veja as diferenças:

    1. Para quem tem direito adquirido antes da Reforma da Previdência (até 12/11/2019)

    Se o direito à aposentadoria foi garantido antes da reforma, o valor do benefício é de 100% da média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994.

    2. Para quem passou a ter direito após a Reforma da Previdência (a partir de 13/11/2019)

    O cálculo ficou mais restritivo e segue esta regra:

    1. O INSS calcula a média de 100% dos salários de contribuição desde julho de 1994 (ou desde o início das contribuições).
    2. Sobre essa média, o segurado recebe 60% + 2% ao ano que ultrapassar:
      • 20 anos de contribuição para homens (exceto no caso de invalidez por acidente de trabalho, doença profissional ou do trabalho).
      • 15 anos de contribuição para mulheres.

    Por exemplo, um homem que contribuiu por 25 anos terá direito a 70% da média salarial (60% + 2% para cada ano que exceder 20 anos).

    3. Regra especial para incapacidade causada por acidente de trabalho, doença profissional ou do trabalho

    Se a invalidez for decorrente de acidente de trabalho, doença ocupacional ou doença do trabalho, o benefício será de 100% da média dos salários de contribuição, independentemente do tempo de contribuição.

    Exemplo prático de cálculo:

    Imagine um segurado que tenha uma média salarial de R$ 3.000,00 e tenha contribuído por 22 anos antes de se tornar incapaz para o trabalho. O cálculo ficaria assim:

    1. Percentual básico: 60%
    2. Adicional: 2% para cada ano acima de 20 anos (22 anos → 2 anos extras → 4% a mais)
    3. Total: 64% de R$ 3.000,00
    4. Valor da aposentadoria: R$ 1.920,00

    Se a incapacidade for por acidente de trabalho ou doença ocupacional, o valor seria 100% da média, ou seja, R$ 3.000,00.

    Como funciona o adicional de 25% na aposentadoria por invalidez por Artrite Reumatoide?

    Depende da gravidade da doença. A artrite reumatoide pode causar deformidades nas articulações, perda de mobilidade e incapacidade de executar tarefas simples, como segurar objetos, se levantar ou caminhar. Se essas limitações impedirem o segurado de viver sem ajuda de outra pessoa, há chances de conseguir o adicional.

    O INSS segue uma lista de condições que costumam justificar o pagamento desse acréscimo, incluindo casos como tetraplegia, paralisia, cegueira total e doenças graves que limitem a autonomia do segurado. 

    Embora a artrite reumatoide não esteja expressamente mencionada, se a doença gerar perda total da funcionalidade de membros ou exigir assistência contínua, o segurado pode solicitar o adicional.

    Muitas pessoas que sofrem com artrite reumatoide enfrentam dificuldades severas para realizar atividades diárias e, em casos mais graves, podem precisar de assistência contínua. 

    Nesses casos, a legislação previdenciária prevê um adicional de 25% na aposentadoria por invalidez, desde que o segurado comprove a necessidade de auxílio permanente de terceiros.

    Quem aposenta por artrite pode trabalhar?

    Se a artrite comprometer totalmente a capacidade de trabalho, o segurado pode se aposentar por incapacidade permanente. Esse benefício é concedido quando o INSS verifica que a pessoa não tem condições de exercer qualquer atividade profissional.

    Se o aposentado voltar a trabalhar, o benefício será cancelado, pois o INSS entende que ele recuperou a capacidade laborativa. Caso isso ocorra, o segurado precisará passar por nova perícia para reavaliar sua condição.

    Quem tem artrite tem direito ao benefício do INSS?

    Depende do grau da artrite e do impacto na capacidade de trabalho da pessoa. A artrite pode dar direito a benefícios do INSS, como o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez, mas é necessário passar por uma perícia médica para comprovar a incapacidade para o trabalho.

    Veja as possibilidades:

    Auxílio doença: Se a artrite impedir temporariamente o segurado de trabalhar por mais de 15 dias. É necessário cumprir a carência de 12 contribuições, salvo se for uma doença grave listada pelo INSS.

    Aposentadoria por invalidez: Se a doença for irreversível e impossibilitar o segurado de exercer qualquer atividade profissional.

    BPC/LOAS: Para pessoas com deficiência que não conseguem trabalhar e têm baixa renda, mesmo sem ter contribuído ao INSS.

    Como pedir aposentadoria por artrite reumatoide?

    Passo a passo para solicitar o benefício por incapacidade:

    1. Acesso à plataforma: Entre no site ou aplicativo MEU INSS e faça login utilizando o seu CPF e senha.
    2. Escolha do benefício: Na tela inicial, selecione a opção “Benefício por Incapacidade” e depois clique em “Novo Requerimento”.
    3. Seleção do benefício: Escolha a opção “Pedir Novo Benefício” e após “Avançar”
    4. Informação dos dados pessoais: Preencha os dados de contato e selecione a categoria de segurado à qual pertence.
    5. Agendamento da perícia: Insira seu CEP para que o sistema encontre a agência do INSS mais próxima e selecione a data disponível para a realização da perícia médica.
    6. Confirmação das informações: Verifique e confirme as informações fornecidas nas próximas etapas.
    7. Dados bancários: Informe a conta bancária onde deseja receber o benefício.
    8. Finalização: Imprima o comprovante do requerimento.

    Durante o processo de solicitação, pode ser necessário anexar documentos médicos que comprovem a incapacidade. Em alguns casos, o sistema já exigirá o envio desses documentos para análise preliminar.

    Ao solicitar o benefício, o segurado não escolhe diretamente se receberá auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) ou aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez). Essa definição será feita pela perícia médica do INSS, de acordo com a gravidade e a duração prevista da incapacidade.

    Caso o segurado não concorde com a decisão, é possível apresentar recurso administrativo no próprio INSS ou ingressar com uma ação judicial para contestar o resultado.

    Quais os documentos necessários para dar entrada na aposentadoria por invalidez?

    Para solicitar qualquer benefício no INSS, é fundamental apresentar documentos que comprovem o cumprimento dos requisitos exigidos para a concessão do benefício. Quando falamos de benefícios por incapacidade, a documentação mais relevante inclui:

    • Atestados médicos;
    • Laudos e exames que demonstrem a incapacidade para o trabalho do requerente.

    Além desses documentos, na hora da perícia médica, será necessário apresentar um documento oficial de identificação com foto.

    Caso as contribuições previdenciárias do segurado estejam corretamente registradas no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), não será exigida a apresentação de documentos para comprovar o tempo de contribuição, o cumprimento da carência ou a manutenção da qualidade de segurado.

    Porém, se houver inconsistências ou falhas no CNIS, será necessário apresentar documentos adicionais para comprovar as contribuições. Alguns exemplos desses documentos são:

    • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
    • Termo de rescisão de contrato de trabalho;
    • Guias de Seguro Desemprego;
    • Guias de Previdência Social (GPS);
    • Recibos de Pagamento de Autônomo (RPA);
    • Qualquer outro comprovante de retenção das contribuições.

    Relação de documentos essenciais para comprovar a incapacidade permanente do trabalhador:

    • Laudos médicos: Apresente laudos detalhados que contenham o diagnóstico, o histórico da doença, a gravidade dos sintomas e o CID (Classificação Internacional de Doenças) do segurado.
      Dica: Embora o INSS não exija que o laudo seja emitido por um especialista, a assinatura de um especialista pode aumentar as chances de sucesso.
    • Exames médicos: Inclua resultados de exames como radiografias, ressonâncias magnéticas, tomografias, ultrassonografias e quaisquer outros exames relevantes que ajudem a comprovar a existência da doença e a incapacidade permanente.
    • Relatórios de tratamento: Forneça relatórios médicos que detalhem os tratamentos realizados, incluindo fisioterapia, medicações prescritas, e a evolução ou resposta do paciente a esses tratamentos.
    • Histórico de consultas: Mantenha um histórico completo de todas as consultas médicas relacionadas à doença, com datas, especialidades dos médicos, e descrição dos procedimentos realizados, bem como das orientações recebidas.
    • Descrição das limitações: Durante a perícia, explique ao perito as dificuldades enfrentadas no dia a dia devido à incapacidade, como problemas de mobilidade, dores constantes, incapacidade de realizar tarefas cotidianas, e o impacto geral na sua qualidade de vida.
    • Registros de afastamento: Se houve afastamento do trabalho devido à incapacidade, apresente os registros fornecidos pela empresa ou pelo próprio INSS que comprovem esse período de afastamento.

    Importante: Essa lista serve apenas como um guia geral, e os documentos exigidos podem variar conforme o caso específico ou de acordo com a solicitação do perito do INSS. 

    Por isso, é sempre recomendável consultar um advogado especializado em questões previdenciárias para garantir que você está apresentando toda a documentação necessária para comprovar a incapacidade permanente.

    Ter documentação organizada e acessível pode agilizar o processo de solicitação e evitar contratempos, garantindo que o benefício seja concedido de forma mais rápida.

    Seu benefício foi negado pelo INSS, e agora?

    Seu benefício foi negado pelo INSS? Não desista! 

    Muitas pessoas passam por isso, mas existem caminhos para reverter a decisão. Você pode entrar com um recurso administrativo ou até mesmo buscar a Justiça para garantir seu direito.

    O que fazer agora?

    • Revise a carta de indeferimento para entender o motivo da negativa.
    • Reúna novos documentos e laudos médicos que comprovem sua incapacidade.
    • Considere entrar com um recurso no próprio INSS ou buscar apoio jurídico.

     Cada caso é único! Fale com um especialista e descubra a melhor estratégia para conquistar seu benefício. Não perca tempo! 

    Quais são os direitos de quem tem artrite?

    Pessoas com artrite podem ter acesso a diversos direitos, dependendo do grau da doença e do impacto na qualidade de vida e capacidade de trabalho. Veja alguns dos principais direitos:

     Benefícios do INSS

    • Auxílio-doença: Se a artrite impede temporariamente o trabalho, o segurado pode solicitar esse benefício, desde que tenha ao menos 12 meses de contribuição (salvo exceções).
    • Aposentadoria por invalidez: Se a artrite causar incapacidade total e permanente, é possível que o segurado tenha direito a se aposentar por invalidez.
    • BPC/LOAS: Para quem não contribuiu para o INSS e vive em situação de baixa renda, o Benefício de Prestação Continuada pode ser uma opção.

     Direitos na saúde

    • Tratamento gratuito pelo SUS, incluindo medicamentos de alto custo, terapias e acompanhamento médico.
    • Isenção de impostos na compra de veículos adaptados, em alguns casos.
    • Atendimento prioritário em serviços públicos e privados, caso a artrite cause mobilidade reduzida.

    Direitos no trabalho

    • Afastamento do trabalho em caso de incapacidade temporária.
    • Reabilitação profissional pelo INSS, se necessário.
    • Possibilidade de aposentadoria especial, se a artrite for decorrente de exposição a agentes nocivos no trabalho.

    Quais doenças reumáticas aposentam?

    Nem todas as doenças reumáticas garantem aposentadoria automaticamente. No entanto, se a enfermidade causar incapacidade total e permanente para o trabalho, é possível solicitar a aposentadoria por invalidez ou outros benefícios do INSS.

    Principais doenças reumáticas que podem levar à aposentadoria

    • Artrite Reumatoide – Se estiver em estágio avançado e causar deformidades, perda de mobilidade e incapacidade para atividades profissionais.
    • Espondilite Anquilosante – Doença inflamatória que afeta a coluna, podendo causar rigidez extrema e dificuldades de locomoção.
    • Lúpus Eritematoso Sistêmico – Pode comprometer órgãos como rins, coração e articulações, tornando impossível o desempenho de funções laborais.
    • Esclerodermia Sistêmica – Afeta a pele, órgãos internos e articulações, podendo limitar movimentos e gerar incapacidade.
    • Gota Crônica – Quando evolui para destruição articular severa, comprometendo o desempenho profissional.
    • Fibromialgia – Embora seja uma doença reconhecida, a aposentadoria só é concedida em casos raros, quando há limitações extremas comprovadas.
    • Osteoartrite (Artrose Grave) – Pode levar à aposentadoria se causar dor intensa e perda significativa da função articular.

    Não deixe seus direitos para depois!

    Se você tem uma doença reumática, como a artrite, e está enfrentando dificuldades para se aposentar ou obter outros benefícios do INSS, um especialista pode fazer toda a diferença! O processo no INSS pode ser complexo, e ter um advogado ao seu lado aumenta suas chances de aprovação – seja para um pedido inicial ou para recorrer de uma negativa.

    Compartilhe essa notícia