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INSS vai receber R$ 224 milhões para manter agências abertas e pagar bônus a servidores

INSS vai receber 224 milhões
Publicado por Mello e Furtado Advocacia

Escritório de advocacia especialista em INSS e Previdência Social

Sumário

    O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai receber R$ 224 milhões extras do governo federal. O recurso mantém agências abertas, reforça o atendimento e garante o pagamento de bônus a servidores.

    Além disso, parte do valor será usada no Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB). Esse programa busca reduzir filas e revisar benefícios pagos de forma irregular.

    Governo libera novos recursos

    A Casa Civil e o Ministério da Fazenda autorizaram a liberação de R$ 217 milhões, conforme publicação no Diário Oficial da União. Enquanto isso, o Ministério da Previdência Social destinará R$ 7 milhões adicionais, ainda sem data confirmada.

    O novo orçamento cobre a bonificação referente a outubro. Entretanto, ainda não há definição sobre repasses futuros até o fim do ano.

    INSS enfrentou falta de verba:

    Em 15 de outubro, o presidente do INSS comunicou ao governo a escassez de recursos para o PGB. Na ocasião, o instituto pediu R$ 89,1 milhões, mas não obteve resposta imediata.

    Sem verba suficiente, o pagamento do programa ficou parcialmente suspenso. Servidores receberam apenas 70% do valor previsto. O restante será quitado após a recomposição orçamentária.

    Com a paralisação do programa, servidores interromperam análises extras de aposentadorias e pensões. Assim, a fila do INSS alcançou 2,6 milhões de pessoas em agosto.

    Além disso, os agendamentos extras do Serviço Social também pararam. Essa suspensão afetou concessões e revisões do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

    O BPC garante um salário mínimo mensal a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.

    Sem horas extras, as avaliações sociais passaram a ocorrer apenas dentro da jornada regular de trabalho.

    Divergências entre ministérios:

    O impasse entre o INSS e o Ministério da Previdência começou após divergências sobre o uso dos recursos do programa.

    O instituto recebeu R$ 100 milhões para pagar bônus e deveria aplicar parte do valor em revisões do BPC.

    Da mesma forma, a Previdência Social recebeu a mesma quantia para custear perícias médicas. O governo espera realizar 800 mil revisões até o fim do ano.

    Entretanto, o número final deve ficar em 700 mil, segundo estimativas.

    Enquanto isso, peritos médicos já realizaram 200 mil perícias, e o INSS analisou cerca de 50 mil benefícios.

    Como alternativa, o instituto passou a priorizar os pedidos iniciais de aposentadorias e pensões, buscando reduzir a fila de espera.

    Programa de bonificação aumenta produtividade:

    O PGB foi criado para estimular o desempenho dos servidores e agilizar a concessão de benefícios.

    Somente quem cumpre as metas obrigatórias pode participar. Após atingi-las, o servidor executa tarefas extras e recebe R$ 68 por atividade.

    Os ganhos podem chegar a R$ 17,7 mil mensais, conforme o volume de trabalho adicional. Quem não cumpre as metas, porém, não recebe o bônus.

    Segundo dados do INSS, 579 mil novos benefícios foram concedidos em agosto, enquanto 568 mil tiveram resultado negativo. O tempo médio de concessão é de 42 dias.

    Perspectivas para o restante do ano

    O repasse emergencial garante a continuidade dos atendimentos e reduz o risco de paralisações.

    Entretanto, o INSS ainda enfrenta desafios financeiros. A meta é equilibrar produtividade e custo, mantendo o serviço eficiente e acessível à população.

    Com a demanda crescente, o órgão aposta em soluções digitais e melhor gestão para acelerar processos e diminuir filas.

    Portanto, o novo investimento representa um alívio temporário, mas novas liberações orçamentárias serão necessárias para evitar interrupções até o fim do ano.

    Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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