Blog

Advogado para BPC Loas: é preciso? Como escolher?

Publicado por Mello e Furtado Advocacia

Escritório de advocacia especialista em INSS e Previdência Social

Sumário

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC), previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), garante um salário mínimo mensal para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade.Assim, muitas dúvidas surgem na hora de solicitar o benefício: é obrigatório contratar um advogado para conseguis o BPC Loas?

    Se você ou um familiar precisa solicitar o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), já deve ter se perguntado: preciso de um advogado para isso? Qual profissional cuida desse tipo de benefício? Quanto custa?

    Portanto, neste post, vamos esclarecer se é necessário um advogado para solicitar o BPC, quais são os honorários cobrados, como funciona o processo com e sem advogado e como escolher um bom profissional para auxiliar no seu pedido.

    Confira!

    Qual advogado cuida de BPC LOAS?

    O profissional mais indicado para tratar de pedidos de BPC/LOAS é o advogado previdenciarista.

    Ele é um especialista nas regras do INSS e pode ajudar em todas as etapas do processo, desde a solicitação inicial até eventuais recursos administrativos e ações judiciais, caso o INSS negue o benefício.

    Portanto, como o BPC/LOAS segue regras específicas, um advogado experiente pode evitar erros no pedido e aumentar as chances de aprovação.

    O que faz um Advogado BPC LOAS?

    O advogado previdenciário pode atuar de diversas formas para garantir o seu direito ao benefício. Veja algumas das principais funções dele no processo:

    • Análise do caso – verifica se você atende aos critérios do BPC Loas, como renda familiar e comprovação da deficiência (se for o caso).
    • Orientação sobre documentos – ajuda a reunir os documentos necessários para evitar erros que possam levar à negativa do benefício.
    • Acompanhamento do pedido no INSS – monitora o andamento do processo e, se necessário, apresenta defesas ou complementações.
    • Recurso administrativo – se o INSS negar o benefício, o advogado pode recorrer antes de entrar na Justiça.
    • Ação judicial – caso o INSS negue também o recurso, o advogado pode levar o caso para a Justiça Federal, onde as chances de aprovação podem ser maiores.

    Quanto um advogado cobra para dar entrada no BPC LOAS?

    O valor cobrado por um advogado previdenciário pode variar conforme a complexidade do caso. No geral, ocorre a cobrança dos honorários de duas formas:

    É necessário contratar um advogado para conseguir benefício Loas?

    Não é obrigatório, mas pode fazer toda a diferença!

    É possível fazer o pedido diretamente pelo Meu INSS ou em uma agência do INSS, sem necessidade de advogado. No entanto, ocorre a negativa de muitos benefícios por erros na documentação ou falhas na análise do INSS.

    Se houver o indeferimento do seu pedido, um advogado pode recorrer para garantir todos os seus direitos. Além disso, caso você precise levar o processo à Justiça, a presença de um advogado será essencial.

    Assim, se você tem dúvidas sobre o seu direito ao BPC/LOAS ou já teve o benefício negado, buscar ajuda profissional pode ser o melhor caminho para conquistar esse direito sem dores de cabeça!

    Tem como conseguir BPC LOAS sem advogado?

    Sim, você pode solicitar o BPC Loas sem a necessidade de um advogado. É possível fazer o pedido diretamente pelo portal Meu INSS ou presencialmente em uma agência do INSS. Para isso, é fundamental apresentar toda a documentação que o INSS exige, como comprovantes de renda, laudos médicos (no caso de pessoas com deficiência) e dados familiares.

    No entanto, há o indeferimento de muitas solicitações porque o INSS avalia rigorosamente se o solicitante realmente cumpre os critérios do benefício. Quando há erros na documentação ou dificuldades na comprovação da situação socioeconômica, o INSS pode negar o pedido, e aí um advogado pode fazer toda a diferença.

    No entanto, se o INSS recusar seu benefício, o advogado pode atuar para recorrer administrativamente ou, se necessário, ingressar com uma ação judicial para garantir o seu direito.

    Com o auxílio jurídico, as chances de não conseguir diminuem significativamente.

    Tem como o advogado receber o dinheiro do processo do INSS?

    Não. O valor do BPC/LOAS é depositado diretamente na conta do beneficiário. O advogado não pode receber o dinheiro diretamente, a menos que o cliente tenha autorizado um alvará judicial para pagamento de honorários em ações judiciais.

    O mais comum é que o advogado cobre um percentual sobre os valores atrasados após ocorrer a concessão do benefício, conforme contrato firmado com o cliente.

    Qual é o valor máximo que um advogado pode cobrar?

    A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estabelece que os honorários previdenciários devem ser justos e proporcionais ao serviço prestado. Em geral, os advogados cobram:

    – Entre 20% e 30% dos valores atrasados, quando entram com ação judicial.
    – Um valor fixo para dar entrada no pedido no INSS, dependendo do caso.

    Por fim, vale lembrar que é possível denunciar à OAB a cobrança abusiva. Portanto, sempre peça um contrato por escrito antes de contratar o serviço.

    Quanto tempo demora para sair o BPC Loas com advogado?

    O tempo de espera varia de acordo com o andamento do processo e com a necessidade de recorrer ao INSS ou à Justiça. Veja o tempo estimado para cada etapa:

    Análise inicial no INSS: normalmente leva entre 45 e 120 dias. O prazo pode ser maior caso haja necessidade de perícias médicas ou complementação de documentos.

    Recurso administrativo: se o INSS negar o pedido, o advogado pode apresentar um recurso no próprio INSS, o que pode levar 6 meses a 1 ano.

    Ação judicial: se o recurso administrativo não resolver o caso, a alternativa é entrar com uma ação na Justiça Federal. O prazo médio varia de 1 a 3 anos, dependendo da complexidade do processo e da necessidade de novas perícias.

    O advogado não pode acelerar o processo, mas evita atrasos ao verificar se todos os documentos estão completos e corretos desde o início.

    O que acontece depois que o BPC é aprovado?

    Se houver a concessão do benefício, o INSS informará a data do primeiro pagamento e o beneficiário poderá receber os valores diretamente em uma conta bancária. Além disso, alguns pontos importantes devem ser observados:

    Pagamento retroativo: Se o processo demorou para ser analisado, o INSS pagará os valores acumulados desde a data do pedido.

    Revisões periódicas: O BPC/LOAS não é vitalício e precisa ser reavaliado a cada dois anos para verificar se o beneficiário ainda atende aos critérios.

    Sem direito ao 13º salário: Diferente das aposentadorias, o BPC/LOAS não paga 13º salário e não gera direito à pensão por morte para dependentes.

    Impacto no Cadastro Único: Se houver aumento na renda familiar, o benefício pode ser suspenso. Além disso, o beneficiário precisa estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

    Como posso escolher um bom advogado previdenciário?

    Se você precisa de um advogado para solicitar o BPC/LOAS ou recorrer de uma negativa do INSS, é importante escolher um profissional experiente e de confiança. Veja alguns critérios essenciais:

    Especialização: Dê preferência a advogados especializados em Direito Previdenciário, que conhecem as regras do INSS e da Justiça Federal.

    Experiência em casos de BPC/LOAS: Pergunte se o profissional já trabalhou com esse tipo de benefício e qual é o histórico de sucesso dele.

    Registro na OAB: Verifique se o advogado está regularizado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Você pode fazer essa consulta no site da OAB do seu estado.

    Transparência nos honorários: O advogado deve explicar claramente quanto cobrará e em quais condições. Exija um contrato por escrito antes de iniciar o processo.

    Reputação: Pesquise avaliações de outros clientes em sites, redes sociais ou peça indicações de conhecidos que já passaram por processos semelhantes.

    Portanto, se o seu pedido de BPC/LOAS foi negado ou você tem dúvidas sobre como solicitar o benefício, contar com um advogado previdenciário pode ser fundamental para garantir seus direitos!

    Perguntas frequentes:

    Quais doenças têm direito ao loas?

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) é concedido a pessoas com deficiência que não conseguem trabalhar e se manter financeiramente.

    Não existe uma lista fechada de doenças que garantem o benefício, pois o INSS avalia o impacto da doença na vida do solicitante e sua incapacidade para o trabalho e para a vida independente.

    No entanto, algumas condições costumam ser aceitas com mais frequência, como:

    – Doenças neurológicas: paralisia cerebral, AVC grave, Alzheimer avançado, esclerose múltipla.
    – Deficiências físicas: amputações, tetraplegia, paraplegia, deformidades congênitas.
    – Transtornos psiquiátricos graves: esquizofrenia, transtorno bipolar severo, autismo severo.
    – Doenças degenerativas: doença de Parkinson avançada, esclerose lateral amiotrófica (ELA).
    – Síndromes genéticas: síndrome de Down, síndrome de Rett, entre outras.

    A perícia médica do INSS é essencial para avaliar o grau de limitação que a doença causa no dia a dia da pessoa.

    Quais os requisitos para solicitar o BPC/LOAS?

    Para ter direito ao BPC/LOAS, o solicitante deve atender a dois requisitos principais:

    Ter 65 anos ou mais ou ser pessoa com deficiência de qualquer idade que tenha impedimentos de longo prazo (mínimo de dois anos) para trabalhar e viver de forma independente.

    Ter renda familiar de até um quarto do salário mínimo por pessoa, ou seja, somar toda a renda da família e dividir pelo número de pessoas. Se o valor por pessoa for maior que esse limite, o pedido pode ser negado.
    Além disso, é necessário:

    – Estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico).

    – Passar por perícia médica e/ou avaliação social no INSS.

    – Não estar recebendo outro benefício do INSS.

    O que não entra para o cálculo de renda do BPC?

    Como o CadÚnico funciona para o BPC Loas?

    O Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) é um registro obrigatório para quem deseja solicitar o BPC/LOAS.
    Ele serve para comprovar a situação socioeconômica do solicitante e da sua família.

    Para se inscrever no CadÚnico, basta ir a um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade com os documentos pessoais de todos os moradores da casa.

    A atualização do cadastro deve ser feita a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na renda ou na composição familiar.

    O que acontece depois da visita da assistente social para o BPC?

    Se o INSS entender que a situação financeira da família não ficou clara nos documentos apresentados, pode enviar um assistente social para fazer uma visita domiciliar.

    Portanto, nessa visita, a assistente social avalia:

    As condições de moradia e gastos da família.
    Se os documentos apresentados correspondem à realidade.
    Se o solicitante realmente precisa do benefício.

    Assim, com base no relatório da assistente social, o INSS decide se aprova ou nega o pedido do BPC.

    Qual é o prazo de análise do BPC-LOAS?

    O tempo de análise do BPC/LOAS pode variar, mas, em média, segue os seguintes prazos:

    O INSS tem até 90 dias para analisar o pedido, mas esse prazo pode se estender devido à alta demanda.

    Se for necessária uma perícia médica, o agendamento pode demorar algumas semanas.

    Portanto, caso haja solicitação de avaliação social, o processo pode levar ainda mais tempo.

    Se o pedido for negado e for preciso recorrer, o prazo pode chegar a um ano ou mais.

    Por fim, para evitar atrasos, é fundamental enviar toda a documentação corretamente e acompanhar o andamento do pedido pelo site ou aplicativo Meu INSS.

    Quem recebe BPC pode ter bens em seu nome?

    Sim, quem recebe o BPC pode ter bens em seu nome, mas existem algumas regras importantes.
    O que pode gerar problemas na concessão ou manutenção do benefício é se os bens indicarem uma renda incompatível com os critérios do BPC.

    Por exemplo:

    O beneficiário pode ter um imóvel próprio para moradia, mas se possuir vários imóveis alugados, isso pode ser considerado como renda extra.

    Ter um veículo não impede a concessão do benefício, mas se o veículo for de alto valor, pode levantar questionamentos sobre a real necessidade do BPC.

    Movimentações bancárias elevadas podem fazer com que o INSS revise o benefício.

    Assim, se houver dúvidas sobre a regularidade do benefício diante do patrimônio do solicitante, é recomendável buscar a orientação de um advogado previdenciário.

    Compartilhe essa notícia